No fundo do oceano
Um bebado profano
No céu
Sou pó
Cinzas de tudo que já quis
Um mero aprendiz
Vida cruel
Nessa multidão sou luz
Meus meros versos
Nada são
Eu até quis chorar
Faltaram-me as lágrimas
"Às vezes duvido se uma vida calma e tranquila teria sido conveniente para mim - e no entanto às vezes anseio por isso" (Lord Byron)
No vazio de uma noite sóbria
Sou eterno
No silêncio que tua ausência me oferece
Sou nó
Na dúvida de ser poeta
Levo-te botão rosa
Jardim
Não sou mais um entre os pássaros
Não sou
O vazio sombrio que só a noite sente
Você
O medo que sinto
Dos sonhos que há de ser
Eu sou
Seguindo todos os passos
E os abraços que não lhe dei
Somos nós
Sem você
(Leitura Inversa)