quinta-feira, 29 de julho de 2010

Visão de jogo - Ângulo I

 Enquanto ele enchia meu copo,
Eu o olhava,
Não aparentava intimidade com a tarefa,
só aparêcia, excelência de execução (crédito)
- (cavalheirismo).
O copo trasbordara pela quinta vez, mas distraído não era,
Intenção talvéz,
E a espuma descia devagar sobre os dedos da mão esquerda,
Canhoto.
O relógio ia se cansando da gente, e a conversa quase muda
Sabia que uma hora tinha de acontecer.
Aconteceu.
Me olhou.
... (conduziu)
...
Eu que tão bem li aqueles olhos (disputados)
Entreguei os meus á leitura dele.
. “Que ele leia o corpo, e não a alma”
(jurei)
...
Ele fez o mesmo, empate!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

.

O Caixa - (troco)

Me entregou o dinheiro, como se passasse os lábios pela minha mão, Pouco ciente, aquele maço de notas umidas pelo suor desconhecido,
Ia pousando de leve, bem leve sobre o balcão.
Certamente aquele valor iria além do que forá consumido
(até então).

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O banho - Curiosidade

Na hora do banho,
Ele espiava ancioso pelo vitro pouco quebrado que eu, propositalmente esquecia de tampar, e quase despreocupada, (omitia a risada)
para não o deixar sem graça da situação.
Vez ou outra, alisava de leve meus seios, desejando o meu próprio corpo,
Ele sentia-me de longe, eu sei.
O rapaz, era até que bom moço, solteiro e logo logo bom partido
- Mas ora, onde já se viu eu, gostar de homem assim.

Mesa 2 (O Homem)

Chegou,
Sentou,
Observou,
Saiu.
               Depois voltou...
(sorte)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Despedida

Despeça do meu peito
arruma essa alma, e vá embora.
O que foi vivido, não será citado.

Desgruda de mim esse sangue quente
que tanto me fará falta.
Acostuma-te ó corpo meu,

E aprenda, bastardo coração!