sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Estranho sentimento entorpecente
Intangível, liberto, crescente
Que se dele o falo, é porque a alma me alimenta
E me molha o corpo
E insiste em corar-me a face

Me transborda em silêncio contínuo
Desorienta e mostra novo rumo
Arrebata-me nos mais ordinários momentos
Vem, e me ultrapassa!

Me faz poeta, selvagem e amante
E atropela a hora do relógio
Toca-me onde o físico não alcança

E que então seja esta a substancia
Para esvair-me para sempre